O gênero Lavandula compreende um grupo de plantas floríferas, herbáceas ou subarbustivas, que podem ser anuais ou perenes. As espécies mais cultivadas são a lavanda-inglesa (L. angustifolia ou L. officinalis), a lavanda-francesa (L. x intermedia) e a lavanda-espanhola (L. stoechas). Esta última, assim como L. dentata, e L. multifida são largamente utilizadas no paisagismo, enquanto que a lavanda-inglesa e a lavanda-francesa apresentam maior aptidão como medicinal e na extração de óleo essencial para perfumaria.
As lavandas apresentam folhas opostas, lineares ou lanceoladas, branco-tomentosas e muito aromáticas, de onde se extrai o seu valioso óleo. Suas flores azuis ou arroxeadas reúnem-se em inflorescências tipo espiga e são bastante perfumadas. Ocorrem ainda diversos híbridos e variedades, como a ‘Alba’ de flores brancas, a ‘Hidcote Pink’ de flores róseas ou a ‘Nana’ de pequeno porte. A floração inicia na primavera e se entende pelo verão, atraindo abelhas e borboletas.
As lavandas são excelentes para compor maciços, bordaduras ou pequenas cercas-vivas, mas podem prestar-se como arbustinhos isolados ou em grupos irregulares, perfeitos em jardins de estilo inglês. Não devem faltar também em canteiros de ervas e desenvolvem-se muito bem em vasos e jardineiras. Estas pequenas plantas revelam-se polivalentes, com usos paisagísticos, medicinais, aromáticos, industriais e até culinários. Podemos ainda utilizar as flores secas para embelezar e perfumar arranjos florais e em misturas pot pourri de ervas perfumadas.
Rústica, a lavanda não é exigente quanto à fertilidade do solo, mas este deve ser muito bem-drenado e receber insolação direta o dia todo. Pode-se realizar podas leves de formação e adubações ricas em fósforo para estimular a floração. Aprecia o frio mediterrâneo ou subtropical. Tolera a seca, o frio e as geadas, sendo que algumas espécies e variedades toleram o calor tropical. Multiplica-se por divisão da planta, estaquia ou por sementes.
Fonte: jardineiro.net